quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I have to let she go..

Avistou-a de longe, conversando com a mesma garota de sempre.Fez um sinal para que ela esperasse, e de longe ela assentiu com a cabeça. Ela terminou, a prova primeiro, então o temor da tensão enquanto ainda completava o questionário esvaiu-se.

-Foi bem de prova?

-Ah, fiz umas quatro questões, mas vou ficar de recuperação mesmo..

-Hum - disse coçando a cabeça e olhando pro lado, muitas pessoas, assunto delicado, porta de colégio, nervosismo. -Bem, sei que aconteceu uma porrada de coisas, minha vergonha tá maior que eu agora. Sei que ficou muito estranho entre nós. E eu não quero isso pra você. Não quero que você leve uma fama que é minha. Você não tem nada a ver com isso. E a solução racional que achei pra isso, foi que a gente parasse de se falar. Em sala de aula pelo menos, nos arredores da escola, em público..

-Eu não quero perder a amizade, é algo que eu quero que continue..

-Sim, claro - deu um suspiro leve, ao menos ela fazia alguma questão de sua presença. Quando você quiser, ou tiver vontade, é só você me ligar, sabe que pra você eu tô sempre disponível, mas acho que você até deve se incomodar, de eu me comportar e transmitir carinho e afeto pra você igual os outros..

-É eu concordo. Eu prefiro assim também -disse ela, algum brilho no olhar faltava das conversar que tinham - é estranho mesmo - afirmou ela esbugalhando um pouco os olhos..

-É, eu sei reconhecer meu lugar, e não vou ocupar um na sua vida que não é meu.

Silêncio por uns instantes.

-Você anda com certas pessoas que não gostam de mim..

-Não vamos falar desse assunto da briga de vocês que já é velha - disse ela em tom de impciência, mas com calma, aquela mesma que ela mantia em todas as situações.

-Tá, eu sei. Muda o disco. Só queria esclarecer isso, no mais, você sabe onde eu moro, e pode me ligar quando quiser.

-Claro coração - disse ela.

Deu um abraço, e seguiu até a esquina no mesmo rumo, ouviu ela se despedir enquanto atravessava a rua. Fez o mesmo.

O céu estava coberto pelas nuvens. A luz do sol não ultrapassava. Fechou os olhos, viu o reflexo na vitrine da livraria e parou um pouco antes de seguir pra casa.

O coração apertou-se em seu peito. Seria essa a sensação, de perda? De admissão, que outras pessoas agora usufruiriam da companhia do corpo que carrega a alma que mais ama no mundo? Seria essa a maldita sensaçõa de dor. O choro não foi incoveniênte em tal dado momento. O que levava com sigo, era a triste verdade de admitir, de deixar alguém que tanto cativava, ir, ir sem antes ter estado, não para ficar só, para deixá-la só. A reciprocidade, é algo que encontrava-se tão distante, quanto o céu cinzento sobre sua cabeça, que espelhava bem, o que aquela alma a partir dali, passaria a ser.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu odeio amar, ou a sina me persegue?

Já deve fazer algum tempo que eu me dei conta disso. Mas tudo ainda parece meio grande demais pro meu cérebro e coração digerirem com facilidade. Amar tem disso, um dia você se olha no espelho e percebe que seu rosto está feliz demais sem motivo, e o primeiro pensamento do seu dia é aquela pessoa, e o último também..

Aí você percebe, que está amando. Ouvi uma vez em uma música, que amar é fácil, difícil é esquecer. Sou divergente dessa ideia. Amar é difícil. É difícil, pessoas como eu, abrirem mão de princípios, tais como aqueles velhos da invulnerabilidade, para cairem no amor. O olhar ficar ridiculamente puro, os movimentos lerdos e sem atenção, o coração congelando e acelerando ao mesmo tempo, quando o "sortudo" da vez aparece.

Pra mim, admitir isso, é considerávelmente mais difícil. Quando se ama alguém, aquela pessoa passa a guardar um tesouro seu, precioso, aquilo, é o seu ponto fraco. Se machucado, revirado ou insultado, disperta reações adversas, que nem sabemos que somos capazes de acometê-las. Aquilo que temos a institiva vontade de proteger.

Enfim, chega de peiguisse agora. Não posso me reapresetar porque você de certa forma já me conhece, mas vale para os outros também.

Hora de tentar brincar igual gente grande.

Eu sei, eu a assutei ao contar tudo o que eu sentia sem a menor censura. Sei que eu podeira ter falado menos, eu sei que posso falar menos, e sei também que o jogo virou, que eu não controlo mais essa situação.

Logo eu, conivente com a teoria de que emoções são dominadas pela razão, quebrei a cara inteiramente. Não quero deixar que isso me domine, que isso me faça cair..

Agora, tenho dúvidas, possibilidades que me dão ânsia de vômito quando medito sobre elas. Como é que anda esse "jogo"?

Me conformei com a ideia, que quando começo a amar, logo já tenho de matar tal sentimento, enquanto ainda pequeno. O único incoveniente, é que este sentimento cresceu, tendo a mim como seu alimentador, e eu não me dei conta. Eu me boicotei.

Grande mestre, hein Mr.J? Vai acontecer todos os pesadelos com você. Todos aqueles que você mais teme. Toda aquela caixinha de pensamentos que você não ousa abrir, por medo. Todos eles agora estão turbilhando sua cabeça. Medo porque você sabe o que vai acontecer, medo porque você entregou sua vida pra alguém que você criou demais e existe de menos. Será que isso vai acontecer?

Minha cabeça da um nó. meus olhos ficam consideravelmente mais vermelhos, as veias do meu pescoço pulam, abraço meus joelhos e puxo meus cabelos enquanto os gritos que reprimo de meu peito tentam abafar a voz que cospe possíveis verdades na minha cara vai ficando mais baixa em meus ouvidos.

Tal garota enigmática, ganha horas de meu osseoso dia. Aquela que amo, e ao mesmo tempo tenho medo do quanta já a deixei me dominar, sem mesmo que ela saiba tamanha a ação que exerce sobre mim.

Cuidado, não vi nem a sombra quando isso começou. Esqueci do lado de fora, e hoje, nenhuma de minhas defesas funciona com ela. "Você vai conseguir, é só passar por ela de cabeça baixa, fingir que não a viu". Grande ideia, pra no final terminar em um abraço e uma cara estúpidamente retardada, que não presta atenção em NADA que é dito por ninguém, até por ela.

Será eu, uma alma corajosa, por contar sempre, meus sentimentos por quem amo, naquilo que classifico pela paixão eterna de um amante? Ou, terei sido eu, apenas covarde, de medo que as pessos se fossem, ou de as perder, e imaginar possibilidades, de: "COMO TERIA SIDO SE EU TIVESSE FALADO". Acho que teria sido melhor se minha boca tivesse sido calada.

Agora, vou a perder para outras pessoas, algumas de que não gosto, outras que nem conheço, o que me dá espaço para outra indagação. Já a tive em algum momento de amizade, ou foi tudo parcial/

Sinceramente, acho que minha cabeça vai dar um nó cego. Não posso confiar nem em mim.

Tenho de dar tempo, um tempo que pode criar valas, e esse é meu medo. Digestão de um grande grupo de alimentos, é demorada, e ficar olhando pra eles, só a vai tornar mais insuportável. Terei eu de sumir talvez. Deixar o corpo que carrega a essência da pessoa que mais amo no mundo ir, porque o tempo acostumou a rotina de ambos.

Soltar isso. Abrir mão, cada vez que esse tipo de droga acontece, que eu sei exatamente o que fazer acontece, eu perco um pouco do meu bom eu. Talvez todo esse processo acabe, quando eu receber o título oficial de Mr. Gray.

Amar machuca, e se for pra caminhar aqui, e descansar em dor e indiferença, a toda vez que isso acontece, e só depois, que eu vá a perceber, que o mundo pode ser um lugar bom de se viver, e que o amor vale a pena, e todos podemos nos dar uma chance, é quando eu não uso nenhum tipo de armadura, e a flecha do cupido me acerta.. E se for pra ser assim todas as vezes, este jovem poeta prefere não amar, e apagar as cores primárias de felicidade que existem em seu verdadeiro eu, que ele não sabe onde pos. Mas não será essa, mais uma outra teoria distorcida por más experiências, de um anônimo escritor Mr.J?