segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Blind side

O sol se escondeu atrás das nuvens. A previsão era de chuva para a tarde que viria no raiar do próximo dia. O ar estava úmido, não ventava, nem o sol mostrava seus raios no asfalto, era quente e abafado, mas as nuvens escondiam qualquer frensta de luz que pudesse passar por elas.

Os dois andavam agitados, talvez ambos precipitamvam-se rumo a uma discussão.

Os cabelos dela chacoalhavam no ar, caminhando a diante respondendo ríspida, ele, vinha logo atrás, elevando a voz, com tom de indignação e fúria.

-Porque você continua fazendo isso? - indagou ele - Porque faz isso com você? Ele não gosta de você, nós dois sabemos disso, pra que se machucar desse jeito, você indo nos lugares para vê-lo, você indo atrás para manter algum tipo de contato. Para com isso! É ridículo, você está bancando a...

-Chega! - disse ela enrigecendo quando ele tentou segurar seu braço, deixando as lágrima queimarem por seu rosto, rasgando a garganta, avermelhando-se na turbulência de seus sentimentos, saindo todos ao mesmo tempo de sua boca - Não precisa jogar nada na minha cara! Eu já sou grandinha o suficiente pra saber o que fazer da minha vida caramba! E aliás, porque você se importa tanto? Porque quando eu pedi um conselho amigo você disse: "você pode fazer o que bem entender, ainda vamos ser amigos, não vai mudar nada". E agora, age desse jeito agressivo. Para de se importar comigo! Que motivo em especial você tem pra isso? Sempre que eu tento agir de forma grassiosa e amável, você tenta estabelecer barreiras, somos só amigos, eu nunca entendi nada - disse ela cuspindo as palavras, sem gritar, ignorando as pessoas que passavam, focando no rosto dele - Anda. Me responde!

O silêncio caiu nele com força. Foi pausado o suficiente, para que o rosto dela colorasse em seu tom moreno original. E que ele abaixasse a cabeça deixando os fios sedosos do cabelo liso enegrecido tapar seus olhos, e depois seu rosto, enqanto ele grudava os olhos no chão.

Ele apertou o tubo cilíndrico que estava em mãos, até quebrá-lo, e seu sangue correr entre a palma sem que ele sentisse. Um possível choro empacou na porta de seus olhos. Ela, ao contrário dele, já sabia a resposta.

-Talvez - disse ele deixando uma gota, quase que invisível aos olhos dela, cair de seus olhos - se prestasse mais atenção, você saberia se responder - finalizou ele com a voz grave e baixa, os índicios de irá não restavam mais em seu corpo.

Ele tirou um papel do bolso, gasto, e o grudou próximo ao lado direito do peito dela. Deu meia volta - não tirando os olhos do chão - caminhou na campo de visão dela até a esquina. Ela observou aquilo, e as lágrima de ódio se tornaram de remorso. Segurou o papel no peito antes que ele se desprendesse de sua blusa.

Ele sumiu entre as pessoas que passavam. Sentiu-se fraca por não ir atrás dele. Se viu sozinha e confusa, pior que isso, sentiu-se cega. Vetada por um único objetivo, sem olhar alguma paisagem enquanto atravessava a ponte.

Tudo isso a tomou, ela pensou em tudo muito rápido.

Seu único empasse, ela olhava a carta, que ainda nem havia lido, e sentia a explosão de correr pela rua, ao mesmo tempo que era arrastada para trás, pelas mãos da construção de seus sonhos, e das possibilidades que vinham antes dele. Agora só cabia a ela, saber o que fazer.

sábado, 18 de setembro de 2010

Pedaço de uma história...

[...] A vergonha daquela noite já nos havia tomado por completo. Tomamos rumos distintos, ficando em lados diferentes, mesmo estando no mesmo quarto. Não havia passada nem cinco minutos que me deitara, e já soava comoo horas.

A noite não era quente, mas meu corpo inteiro transpirava mimnha agonia. Como aquilo tudo resultou em uma vergonha misturada com confusão e desencontros, nós sabiámos que nos amavamos, e ainda sim, nada?

Meu peito arfou, fitei o teto por um último instante - já nao aguentava mais olhar para ele - não pausei nem para sentar, minha decisão de ir até sua cama e levatá-la, e sabe-se Deus o que mais minha determinação faria foram mais fortes. Pus-me em pé, apenas dando um pausa de ligeiros segundos para vê-la encubada nas cobertas.

Mas não rumei nem dois passos parta frente. O emaranhado de leçol e virol, e mais cobertas que cairam no chão com meu impulso, formaram um ninho que meus pés encaixaram nele, e me fez tropeçar. Um passo para frente, e depois a queda com a perna direita semi aberta, doeu, mas não quebrou.

Ela acordou e se pos de pé em um estalo, visualizou-me no chão, e abaixou-se junto a mim.

-O que aconteceu? Você caiu? Teve algum machucado? -disse ela meiga como sempre, encarando seu olhar nos meus, a lua lá fora estava acinzentada, e deixou seus olhos verdes esmeralda nítidos, e o fogo de seus cabelos avermelhados a mostra.

-Não hove nada - disse com vergonha - acho que foi um freio do acaso para eu não cometer nenhuma besteira. Eu já te importunei muito por uma noite. Acho que você dormiria melhor se eu nao estivesse no mesmo espaço que você. Vou até a Senhora Megan, e invento que me machiquei - o que mesmo com a queda não aconteceu - e só volto quando você estiver no decimo sono - disse me pondo de pé, rumando a porta. Eu prometo.

As lágrimas já se criavam em meus olhos. Apertei os dedos das mãos contra a palma. Mordi o lábio inferior, andando até a porta.

Estiquei o braço para abrir a maçaneta, não ia olhar para trás, ela não podia ver chorar.

Senti um abraço sendo apunhalado atrás de mim, e a porta foi fechada com força, sem antes nem ter sido totalmente aberta. Ela apertou meus braços contra meu corpo. Virou-me de costas para a porta, e seu rosto se aproximou do meu.

Minha respiração logo se modificou, e ovia as batidas de meu corão, e as do dela também, o som se camuflou no ar.

Com força forcei a ponta dos dedos para a face da porta, eu não tinha para onde fugir.

A legenda do momento ficou em nossos gestos, e não precisava de estar assistindo á aquilo para saber aonde iria dar.

Ela se esticou na ponta dos dedos, e fechou vagarosamente os olhos. Sua respiração se encontrou com o sentido de minha boca. Meu nariz tocou o dela.

Seus lábios grudaram nos meus, e então fechei os olhos. Ela abriu os dela, me convidando a fazer o mesmo. Depois, puxou minha língua para sua, e o beijo foi perdendo seu pudor.

Desvencilhei os braços da porta, agarrando sua cintura - levemente, assustá-la agora era o que eu menos queria - caminhando com certa dificuldade para o mei do quarto.

Acariciei suas costas, e ela me permitiu passeas com as mãos por uma parte humilde por dentro de sua blusa, e eu não ousei burlar limites.

O doce do sabor deu seu beijo, aquele sabor que eu tanto sonhei experimentar. Que já havia até sentido em meus loucos sonhos. Me esbajava nele.

Não iria trocar os movimentos de minha língua por palavras que já estava sendo expressas naquele momento.

Foi tudo tão rápido. Não foi mágico como havia pensado, nem belo quanto cogitei. Mas as circuntancias não eram importantes.

Ela era minha, e quanto a isso, eu tinha certeza.

domingo, 5 de setembro de 2010

Menina dos meus olhos

Na maioria das vezes, quando faço um post me referindo a alguém, este mesmo, nunca sabe, nem se ler, que me refiro a ele.

Eu odeio falar sobre amizade. Sobre como eu acho que a coisa anda. Ou do que sinto por eles, que não se equipara a outro sentimento que desparta-se em mim. É singular demais. Mas bem – farei um pots exclusivo me desculpando por tadas as vezes que “viajo” enquanto posto – vamos ao que interessa.

Uma de minhas características mais marcantes, é: pequenas grandes coisa, eu nunca esqueço.

E dentro destas pequenas grandes coisas, esteve um episódio em específico. Foi a oito anos atrás. Quando aquele aluno calado e quieto entra na escola, tímido e sem conhecer ninguém.E o que agrava mais, é que esse aluno era uma criança.

Este aluna eu já fui. Nem sabia o que era a definiçao de uma amizade. E um dia, depois de já conversar com você por algum tempo, pedi para que a partir daquele dia, partilhassemos de uma relação passada do cordial, e leal como é uma amizade – talvez assim fique menos ridículo do que se eu dissesse:vamos ser amigos? Mas acho que nem deste ponto dimunui a estupidez da frase.

Respondeu-me que já eramos, então bufei todo ar que havia pegado, e limpei o suor de minhas mãos, uma missão cumprida. Com o tempo, você me dava mais atenção, e eu nunca classifiquei isto como mera pena.

Apesar de nunca falar muito, eu gostava sempre de estar próximo.

Até que sua mudança encerrou nossos anos de coleguismo, e uma amizade escolar que era a única que eu tinha notícia. Quando seu lugar entre nós não era mais lembrado, o grupo de meninas fechou-se mais, e eu não mais quis corres atrás dele, ficando só.

Minhas palavras foram ficando cada vez mais raras, e uma mera conversa jogada fora entre pré-adolesentes não me era muito atrativa...

Eu “atalhei” bastente coisa.

Mas o que eu gostaria de dizer com isso? Esse tempo, que eu passei pensativa, tirei as conclusões que formam meu comportamento atual.

Com a falta de nossas conversas, voltei-me pra mim. Vi que correr atrás de um grupinho ginasial era perda de tempo, se sem ele, eu já tinha sua companhia, e pra que ele, se eu não teria sua comanhia de volta?

Entre o espaço dos meses que eu não te vi, a os dias que falei com você rapidamente na rua, aconteceram muitas coisas. E “você estar por fora” destas coisas, não poderia lhe render um comprtamento que foi a consequência de feridas que outrem me causara.

Para continuar nossa amizade, a cresci assim como eu com o passar dos anos.

Substituí as conversas de parquinho, por assuntos mais atuais...

Eu teria mais coisas a dizer, mas tenho um pequeno “defeito de fábrica” . Quando tenho mauito pelo que falar, ou me atrapalho, ou falo muito pouco para encurtar a ópera.

Crescemos. Talvez sua questão de minha presença seja menor da que eu tenho por você, mas isso realmente não me interessa. O que importa, não é o que as pessoas tem por nós, e sim o que elas ensinam.

Bem, á todos os tipos de amigos, cada qual, possuo um que se encaixe. Você é dos que não estão perto, mas na verdade, nunca esteve longe.

PS: como eu, poderia esquecer, da pessoa, que foi meu primeiro amigo?