quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I have to let she go..

Avistou-a de longe, conversando com a mesma garota de sempre.Fez um sinal para que ela esperasse, e de longe ela assentiu com a cabeça. Ela terminou, a prova primeiro, então o temor da tensão enquanto ainda completava o questionário esvaiu-se.

-Foi bem de prova?

-Ah, fiz umas quatro questões, mas vou ficar de recuperação mesmo..

-Hum - disse coçando a cabeça e olhando pro lado, muitas pessoas, assunto delicado, porta de colégio, nervosismo. -Bem, sei que aconteceu uma porrada de coisas, minha vergonha tá maior que eu agora. Sei que ficou muito estranho entre nós. E eu não quero isso pra você. Não quero que você leve uma fama que é minha. Você não tem nada a ver com isso. E a solução racional que achei pra isso, foi que a gente parasse de se falar. Em sala de aula pelo menos, nos arredores da escola, em público..

-Eu não quero perder a amizade, é algo que eu quero que continue..

-Sim, claro - deu um suspiro leve, ao menos ela fazia alguma questão de sua presença. Quando você quiser, ou tiver vontade, é só você me ligar, sabe que pra você eu tô sempre disponível, mas acho que você até deve se incomodar, de eu me comportar e transmitir carinho e afeto pra você igual os outros..

-É eu concordo. Eu prefiro assim também -disse ela, algum brilho no olhar faltava das conversar que tinham - é estranho mesmo - afirmou ela esbugalhando um pouco os olhos..

-É, eu sei reconhecer meu lugar, e não vou ocupar um na sua vida que não é meu.

Silêncio por uns instantes.

-Você anda com certas pessoas que não gostam de mim..

-Não vamos falar desse assunto da briga de vocês que já é velha - disse ela em tom de impciência, mas com calma, aquela mesma que ela mantia em todas as situações.

-Tá, eu sei. Muda o disco. Só queria esclarecer isso, no mais, você sabe onde eu moro, e pode me ligar quando quiser.

-Claro coração - disse ela.

Deu um abraço, e seguiu até a esquina no mesmo rumo, ouviu ela se despedir enquanto atravessava a rua. Fez o mesmo.

O céu estava coberto pelas nuvens. A luz do sol não ultrapassava. Fechou os olhos, viu o reflexo na vitrine da livraria e parou um pouco antes de seguir pra casa.

O coração apertou-se em seu peito. Seria essa a sensação, de perda? De admissão, que outras pessoas agora usufruiriam da companhia do corpo que carrega a alma que mais ama no mundo? Seria essa a maldita sensaçõa de dor. O choro não foi incoveniênte em tal dado momento. O que levava com sigo, era a triste verdade de admitir, de deixar alguém que tanto cativava, ir, ir sem antes ter estado, não para ficar só, para deixá-la só. A reciprocidade, é algo que encontrava-se tão distante, quanto o céu cinzento sobre sua cabeça, que espelhava bem, o que aquela alma a partir dali, passaria a ser.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu odeio amar, ou a sina me persegue?

Já deve fazer algum tempo que eu me dei conta disso. Mas tudo ainda parece meio grande demais pro meu cérebro e coração digerirem com facilidade. Amar tem disso, um dia você se olha no espelho e percebe que seu rosto está feliz demais sem motivo, e o primeiro pensamento do seu dia é aquela pessoa, e o último também..

Aí você percebe, que está amando. Ouvi uma vez em uma música, que amar é fácil, difícil é esquecer. Sou divergente dessa ideia. Amar é difícil. É difícil, pessoas como eu, abrirem mão de princípios, tais como aqueles velhos da invulnerabilidade, para cairem no amor. O olhar ficar ridiculamente puro, os movimentos lerdos e sem atenção, o coração congelando e acelerando ao mesmo tempo, quando o "sortudo" da vez aparece.

Pra mim, admitir isso, é considerávelmente mais difícil. Quando se ama alguém, aquela pessoa passa a guardar um tesouro seu, precioso, aquilo, é o seu ponto fraco. Se machucado, revirado ou insultado, disperta reações adversas, que nem sabemos que somos capazes de acometê-las. Aquilo que temos a institiva vontade de proteger.

Enfim, chega de peiguisse agora. Não posso me reapresetar porque você de certa forma já me conhece, mas vale para os outros também.

Hora de tentar brincar igual gente grande.

Eu sei, eu a assutei ao contar tudo o que eu sentia sem a menor censura. Sei que eu podeira ter falado menos, eu sei que posso falar menos, e sei também que o jogo virou, que eu não controlo mais essa situação.

Logo eu, conivente com a teoria de que emoções são dominadas pela razão, quebrei a cara inteiramente. Não quero deixar que isso me domine, que isso me faça cair..

Agora, tenho dúvidas, possibilidades que me dão ânsia de vômito quando medito sobre elas. Como é que anda esse "jogo"?

Me conformei com a ideia, que quando começo a amar, logo já tenho de matar tal sentimento, enquanto ainda pequeno. O único incoveniente, é que este sentimento cresceu, tendo a mim como seu alimentador, e eu não me dei conta. Eu me boicotei.

Grande mestre, hein Mr.J? Vai acontecer todos os pesadelos com você. Todos aqueles que você mais teme. Toda aquela caixinha de pensamentos que você não ousa abrir, por medo. Todos eles agora estão turbilhando sua cabeça. Medo porque você sabe o que vai acontecer, medo porque você entregou sua vida pra alguém que você criou demais e existe de menos. Será que isso vai acontecer?

Minha cabeça da um nó. meus olhos ficam consideravelmente mais vermelhos, as veias do meu pescoço pulam, abraço meus joelhos e puxo meus cabelos enquanto os gritos que reprimo de meu peito tentam abafar a voz que cospe possíveis verdades na minha cara vai ficando mais baixa em meus ouvidos.

Tal garota enigmática, ganha horas de meu osseoso dia. Aquela que amo, e ao mesmo tempo tenho medo do quanta já a deixei me dominar, sem mesmo que ela saiba tamanha a ação que exerce sobre mim.

Cuidado, não vi nem a sombra quando isso começou. Esqueci do lado de fora, e hoje, nenhuma de minhas defesas funciona com ela. "Você vai conseguir, é só passar por ela de cabeça baixa, fingir que não a viu". Grande ideia, pra no final terminar em um abraço e uma cara estúpidamente retardada, que não presta atenção em NADA que é dito por ninguém, até por ela.

Será eu, uma alma corajosa, por contar sempre, meus sentimentos por quem amo, naquilo que classifico pela paixão eterna de um amante? Ou, terei sido eu, apenas covarde, de medo que as pessos se fossem, ou de as perder, e imaginar possibilidades, de: "COMO TERIA SIDO SE EU TIVESSE FALADO". Acho que teria sido melhor se minha boca tivesse sido calada.

Agora, vou a perder para outras pessoas, algumas de que não gosto, outras que nem conheço, o que me dá espaço para outra indagação. Já a tive em algum momento de amizade, ou foi tudo parcial/

Sinceramente, acho que minha cabeça vai dar um nó cego. Não posso confiar nem em mim.

Tenho de dar tempo, um tempo que pode criar valas, e esse é meu medo. Digestão de um grande grupo de alimentos, é demorada, e ficar olhando pra eles, só a vai tornar mais insuportável. Terei eu de sumir talvez. Deixar o corpo que carrega a essência da pessoa que mais amo no mundo ir, porque o tempo acostumou a rotina de ambos.

Soltar isso. Abrir mão, cada vez que esse tipo de droga acontece, que eu sei exatamente o que fazer acontece, eu perco um pouco do meu bom eu. Talvez todo esse processo acabe, quando eu receber o título oficial de Mr. Gray.

Amar machuca, e se for pra caminhar aqui, e descansar em dor e indiferença, a toda vez que isso acontece, e só depois, que eu vá a perceber, que o mundo pode ser um lugar bom de se viver, e que o amor vale a pena, e todos podemos nos dar uma chance, é quando eu não uso nenhum tipo de armadura, e a flecha do cupido me acerta.. E se for pra ser assim todas as vezes, este jovem poeta prefere não amar, e apagar as cores primárias de felicidade que existem em seu verdadeiro eu, que ele não sabe onde pos. Mas não será essa, mais uma outra teoria distorcida por más experiências, de um anônimo escritor Mr.J?

domingo, 17 de outubro de 2010

No meio de quatro paredes prefácio

Bem, antes de tudo, vou iniciar uma pequena história, que se aplica em quatro capítulos. Os posts não serão grandes, nem peigas demais para não entendiar minha pequena massa de leitores.

O que vocês leram aqui, é uma pequena realidade, que adaptei para escrevê-la, retratando um pouco do meu ambiente familiar, leiam e comentem, enjoy the tragic piece of my life..

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Blind side

O sol se escondeu atrás das nuvens. A previsão era de chuva para a tarde que viria no raiar do próximo dia. O ar estava úmido, não ventava, nem o sol mostrava seus raios no asfalto, era quente e abafado, mas as nuvens escondiam qualquer frensta de luz que pudesse passar por elas.

Os dois andavam agitados, talvez ambos precipitamvam-se rumo a uma discussão.

Os cabelos dela chacoalhavam no ar, caminhando a diante respondendo ríspida, ele, vinha logo atrás, elevando a voz, com tom de indignação e fúria.

-Porque você continua fazendo isso? - indagou ele - Porque faz isso com você? Ele não gosta de você, nós dois sabemos disso, pra que se machucar desse jeito, você indo nos lugares para vê-lo, você indo atrás para manter algum tipo de contato. Para com isso! É ridículo, você está bancando a...

-Chega! - disse ela enrigecendo quando ele tentou segurar seu braço, deixando as lágrima queimarem por seu rosto, rasgando a garganta, avermelhando-se na turbulência de seus sentimentos, saindo todos ao mesmo tempo de sua boca - Não precisa jogar nada na minha cara! Eu já sou grandinha o suficiente pra saber o que fazer da minha vida caramba! E aliás, porque você se importa tanto? Porque quando eu pedi um conselho amigo você disse: "você pode fazer o que bem entender, ainda vamos ser amigos, não vai mudar nada". E agora, age desse jeito agressivo. Para de se importar comigo! Que motivo em especial você tem pra isso? Sempre que eu tento agir de forma grassiosa e amável, você tenta estabelecer barreiras, somos só amigos, eu nunca entendi nada - disse ela cuspindo as palavras, sem gritar, ignorando as pessoas que passavam, focando no rosto dele - Anda. Me responde!

O silêncio caiu nele com força. Foi pausado o suficiente, para que o rosto dela colorasse em seu tom moreno original. E que ele abaixasse a cabeça deixando os fios sedosos do cabelo liso enegrecido tapar seus olhos, e depois seu rosto, enqanto ele grudava os olhos no chão.

Ele apertou o tubo cilíndrico que estava em mãos, até quebrá-lo, e seu sangue correr entre a palma sem que ele sentisse. Um possível choro empacou na porta de seus olhos. Ela, ao contrário dele, já sabia a resposta.

-Talvez - disse ele deixando uma gota, quase que invisível aos olhos dela, cair de seus olhos - se prestasse mais atenção, você saberia se responder - finalizou ele com a voz grave e baixa, os índicios de irá não restavam mais em seu corpo.

Ele tirou um papel do bolso, gasto, e o grudou próximo ao lado direito do peito dela. Deu meia volta - não tirando os olhos do chão - caminhou na campo de visão dela até a esquina. Ela observou aquilo, e as lágrima de ódio se tornaram de remorso. Segurou o papel no peito antes que ele se desprendesse de sua blusa.

Ele sumiu entre as pessoas que passavam. Sentiu-se fraca por não ir atrás dele. Se viu sozinha e confusa, pior que isso, sentiu-se cega. Vetada por um único objetivo, sem olhar alguma paisagem enquanto atravessava a ponte.

Tudo isso a tomou, ela pensou em tudo muito rápido.

Seu único empasse, ela olhava a carta, que ainda nem havia lido, e sentia a explosão de correr pela rua, ao mesmo tempo que era arrastada para trás, pelas mãos da construção de seus sonhos, e das possibilidades que vinham antes dele. Agora só cabia a ela, saber o que fazer.

sábado, 18 de setembro de 2010

Pedaço de uma história...

[...] A vergonha daquela noite já nos havia tomado por completo. Tomamos rumos distintos, ficando em lados diferentes, mesmo estando no mesmo quarto. Não havia passada nem cinco minutos que me deitara, e já soava comoo horas.

A noite não era quente, mas meu corpo inteiro transpirava mimnha agonia. Como aquilo tudo resultou em uma vergonha misturada com confusão e desencontros, nós sabiámos que nos amavamos, e ainda sim, nada?

Meu peito arfou, fitei o teto por um último instante - já nao aguentava mais olhar para ele - não pausei nem para sentar, minha decisão de ir até sua cama e levatá-la, e sabe-se Deus o que mais minha determinação faria foram mais fortes. Pus-me em pé, apenas dando um pausa de ligeiros segundos para vê-la encubada nas cobertas.

Mas não rumei nem dois passos parta frente. O emaranhado de leçol e virol, e mais cobertas que cairam no chão com meu impulso, formaram um ninho que meus pés encaixaram nele, e me fez tropeçar. Um passo para frente, e depois a queda com a perna direita semi aberta, doeu, mas não quebrou.

Ela acordou e se pos de pé em um estalo, visualizou-me no chão, e abaixou-se junto a mim.

-O que aconteceu? Você caiu? Teve algum machucado? -disse ela meiga como sempre, encarando seu olhar nos meus, a lua lá fora estava acinzentada, e deixou seus olhos verdes esmeralda nítidos, e o fogo de seus cabelos avermelhados a mostra.

-Não hove nada - disse com vergonha - acho que foi um freio do acaso para eu não cometer nenhuma besteira. Eu já te importunei muito por uma noite. Acho que você dormiria melhor se eu nao estivesse no mesmo espaço que você. Vou até a Senhora Megan, e invento que me machiquei - o que mesmo com a queda não aconteceu - e só volto quando você estiver no decimo sono - disse me pondo de pé, rumando a porta. Eu prometo.

As lágrimas já se criavam em meus olhos. Apertei os dedos das mãos contra a palma. Mordi o lábio inferior, andando até a porta.

Estiquei o braço para abrir a maçaneta, não ia olhar para trás, ela não podia ver chorar.

Senti um abraço sendo apunhalado atrás de mim, e a porta foi fechada com força, sem antes nem ter sido totalmente aberta. Ela apertou meus braços contra meu corpo. Virou-me de costas para a porta, e seu rosto se aproximou do meu.

Minha respiração logo se modificou, e ovia as batidas de meu corão, e as do dela também, o som se camuflou no ar.

Com força forcei a ponta dos dedos para a face da porta, eu não tinha para onde fugir.

A legenda do momento ficou em nossos gestos, e não precisava de estar assistindo á aquilo para saber aonde iria dar.

Ela se esticou na ponta dos dedos, e fechou vagarosamente os olhos. Sua respiração se encontrou com o sentido de minha boca. Meu nariz tocou o dela.

Seus lábios grudaram nos meus, e então fechei os olhos. Ela abriu os dela, me convidando a fazer o mesmo. Depois, puxou minha língua para sua, e o beijo foi perdendo seu pudor.

Desvencilhei os braços da porta, agarrando sua cintura - levemente, assustá-la agora era o que eu menos queria - caminhando com certa dificuldade para o mei do quarto.

Acariciei suas costas, e ela me permitiu passeas com as mãos por uma parte humilde por dentro de sua blusa, e eu não ousei burlar limites.

O doce do sabor deu seu beijo, aquele sabor que eu tanto sonhei experimentar. Que já havia até sentido em meus loucos sonhos. Me esbajava nele.

Não iria trocar os movimentos de minha língua por palavras que já estava sendo expressas naquele momento.

Foi tudo tão rápido. Não foi mágico como havia pensado, nem belo quanto cogitei. Mas as circuntancias não eram importantes.

Ela era minha, e quanto a isso, eu tinha certeza.

domingo, 5 de setembro de 2010

Menina dos meus olhos

Na maioria das vezes, quando faço um post me referindo a alguém, este mesmo, nunca sabe, nem se ler, que me refiro a ele.

Eu odeio falar sobre amizade. Sobre como eu acho que a coisa anda. Ou do que sinto por eles, que não se equipara a outro sentimento que desparta-se em mim. É singular demais. Mas bem – farei um pots exclusivo me desculpando por tadas as vezes que “viajo” enquanto posto – vamos ao que interessa.

Uma de minhas características mais marcantes, é: pequenas grandes coisa, eu nunca esqueço.

E dentro destas pequenas grandes coisas, esteve um episódio em específico. Foi a oito anos atrás. Quando aquele aluno calado e quieto entra na escola, tímido e sem conhecer ninguém.E o que agrava mais, é que esse aluno era uma criança.

Este aluna eu já fui. Nem sabia o que era a definiçao de uma amizade. E um dia, depois de já conversar com você por algum tempo, pedi para que a partir daquele dia, partilhassemos de uma relação passada do cordial, e leal como é uma amizade – talvez assim fique menos ridículo do que se eu dissesse:vamos ser amigos? Mas acho que nem deste ponto dimunui a estupidez da frase.

Respondeu-me que já eramos, então bufei todo ar que havia pegado, e limpei o suor de minhas mãos, uma missão cumprida. Com o tempo, você me dava mais atenção, e eu nunca classifiquei isto como mera pena.

Apesar de nunca falar muito, eu gostava sempre de estar próximo.

Até que sua mudança encerrou nossos anos de coleguismo, e uma amizade escolar que era a única que eu tinha notícia. Quando seu lugar entre nós não era mais lembrado, o grupo de meninas fechou-se mais, e eu não mais quis corres atrás dele, ficando só.

Minhas palavras foram ficando cada vez mais raras, e uma mera conversa jogada fora entre pré-adolesentes não me era muito atrativa...

Eu “atalhei” bastente coisa.

Mas o que eu gostaria de dizer com isso? Esse tempo, que eu passei pensativa, tirei as conclusões que formam meu comportamento atual.

Com a falta de nossas conversas, voltei-me pra mim. Vi que correr atrás de um grupinho ginasial era perda de tempo, se sem ele, eu já tinha sua companhia, e pra que ele, se eu não teria sua comanhia de volta?

Entre o espaço dos meses que eu não te vi, a os dias que falei com você rapidamente na rua, aconteceram muitas coisas. E “você estar por fora” destas coisas, não poderia lhe render um comprtamento que foi a consequência de feridas que outrem me causara.

Para continuar nossa amizade, a cresci assim como eu com o passar dos anos.

Substituí as conversas de parquinho, por assuntos mais atuais...

Eu teria mais coisas a dizer, mas tenho um pequeno “defeito de fábrica” . Quando tenho mauito pelo que falar, ou me atrapalho, ou falo muito pouco para encurtar a ópera.

Crescemos. Talvez sua questão de minha presença seja menor da que eu tenho por você, mas isso realmente não me interessa. O que importa, não é o que as pessoas tem por nós, e sim o que elas ensinam.

Bem, á todos os tipos de amigos, cada qual, possuo um que se encaixe. Você é dos que não estão perto, mas na verdade, nunca esteve longe.

PS: como eu, poderia esquecer, da pessoa, que foi meu primeiro amigo?

sábado, 21 de agosto de 2010

O alimento da isnpiração

Teoricamente, tudo é mais fácil. Planos, projetados com cálculos que na prática deveriam seguir minuciosamente o que foi traçado. Mas, todo bom cristão sabe, que NADA na teoria é igual do que na prática.

Pois bem, por esses dias, o descaso e a falta de interesse em viver socialmente me abateram, e como de costume, fiquei planejando ideias ou qualquer coisa que nunca vai chegar a acontecer por extensos instantes...

Enaqunto em mais uma aula tumultada que de costume sempre cai em uma sexta-feira estava em seus primeiros instantes, tomei a iniciativa de pegar meus fones, e tentar focalizar apenas a voz de Sarah Brightman, que conseguiu abafar todas as risadas estúpidas, e conversas simultâneas de assuntos que não valem nem o que os corpos daqueles indivíduos expelem depos da digestão.

A fileira do meio semelhava-se a Faixa de Gaza devido a quantidade relativamente grande de bolas de papel que passava por ali.

Aquilo só me deu impulso a pensar mais. Como será bom, me afastar deste lugar, poder algum dia saber o que é conversar entre iguais.

Pois já passei da fase de ter horror e repulsa a eles. Com o tempo vivendo neste meio, aprende-se a ignorar, e viver bem sem que a falta de intelecto alehio lhe incomode.

Ufa! Foram alguns meses longos de estado depressivo recolhido, que passei até que os habitantes desse lugar parassem de me incomodar e eu conseguisse criar um mecanismo de bom convívio e continuasse minha vida.

O caos da sala não me incomoda mais, um pobre filho de Deus falando algo em uma outra conversa, que sei estar totalmente errado, não me dá mais vontade de corrigi-lo as pressas, a falta de interesse e até o despreso por coisas cultramente construtivas que estas pessoas tem pelo que aprecio, não me incomoda, o que pensam, comem, ou se me atrapalham de alguma fora, não me incomoda. Eles não têm esse poder sobre mim.

Aos poucos, comecei a tomar apreço, por ressaltar um comentário, que sei que em certo meio, só eu vou entender. Como me referir á um Deus celta quando vejo um gnomo em um jardim, e todos me olharem com cara de paisagem. Isso quando não vou mais a fundo na informação.

De alguma forma, a ignorância obscura destes, me faz ter mais fome de conhecimento, de aprimorar tudo que sei...

E assim como sem o Batmam, o Coringa não existiria, para existir a lei, tem de esxistir as infrações. E sem estes pobres - intelectualmente falanado - talvez não teria tanto do prestígio que acho que moderadamente tenho. Pois os tolos que me rodeiam, fazem o sábio que sou.

PS: para meus caros leitores, não quero ser agressivo, toda regra tem suas pequenas excessões.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O que os olhos não veem agora, o coração sente depois

Está quase chegando a hora. Mas eu não quero ir, não sem ter certeza que quando eu me afastar, vou ter a segurança que te "tenho", e não que isso é um grande sonho.

Mas chegou a hora de eu parar, não há mais necessidade de continuar com tudo que estava fazendo...

Deveria ser fácil. Eu devia seguir em frente com minhas psicologias, com meus pensamentos, e te deixar pra trás, me convencer que você só não passa de uma fantasia minha, que o que eu sinto não é o que as reações do meu corpo ditam, que você é só mas uma pessoa que passou pela minha vida...

Mas não está sendo fácil. Não será fácil se nada for dito. Mas quando penso que não poderei ver-te todos os dias, parar no ar e focalizar seu sorriso, e ser acordado por algum barulho da realidade...Tenho o impulso de arriscar, mas com isso, coloco em risco tudo que caminhei pra estar perto de você. Tenho medo de afastar-te como meus antigos amores. Que passes por mim, com cara de não saber o que fazer...

Penso em quem vais ver durante o dia, penso em como você se sente, o que você come. Aquelas coisas mínimas mas que são-me importantes... Sonho com você acordada ou dormindo, isso já não faz mais diferença. Sinto-me feliz perto de ti, e quando olho, já é tarde. Os sintomas do amor vieram, e como Mário Quintana diria, morri de amor mais uma vez. E é bom, pois continuo respirando.

A única dor que é pura, e mesmo sendo perfeita ao se equiparar a qualquer outro sentimento, pode gerar dor, consequências negras, obscuras e até amargas para seu possuinte, causando um estado de remorso em casos mais graves.

Mas não estou falando do sentimento amor.Estou falando de VOCÊ, do que eu sinto por você.

E quando você souber? Eu me pergunto, o que fazer? Ainda vamos conversar? Você vai ficar com vergonha de falar comigo? Vai me ignorar? Me abraçar? Ou olhar com a cara " não posso fazer nada por você"?

Mas como não uso os mecanismos da modernidade - "chegar", "dar em cima",vou recorrer a única coisa que domino bem.

Onde posso expressar tudo que sinto, mesmo que não saibas que fui eu quem escreveu. Onde posso ser mais direto e profundo do que se te contasse diretamente, onde posso saber que entendestes o que eu quero dizer, sem que eu tenho de chorar.

Escrevendo.

Por isso fiz esse blog, pra poder colocar tudo aqui, TUDO que eu sinto, desde a essa porra de sociedade que vivemos, á meus delírios amorosos.

E desta forma, é que eu vou arriscar, a nada conseguir, ou um amor ganhar. Pois as tentativas que fazemos, tem metade da chance de dar certo, etentar é o que vou fazer aqui.

Caminhar até aqui, foi uma grande jornada...

Não existe a pessoa perfeita, ou aquela que foi feita para você. E sim aquela que consegue te amar, além do que você é, tendo uma visão além do que você foi, e vendo um futuro promissor para quem você poderá ser.

E mesmo antes de ter te conhecido, eu já pedia ao Criador, pra cuidar de você, dos seus passos, mesmo não sabendo se é mesmo você, mesmo ainda não conhecendo as linhas do seu rosto... Eu já rogava por você.

A importância da sua existência veio mostrar seu valor agora, pois eu senti algo muito forte enquanto escrevia isso. A mesma coisa quando não vejo-te, e sim quem não me interessa, passa minutos, horas, em meu lugar desfrutando de sua companhia. SAUDADE.

E mesmo lançando uma pedra no escuro, mesmo tendo noção das consequências, eu me prestei á isso...

E do mesmo jeito que a gangorra da minha vida esteve baixa, eu vejo que agora ela está alta, pois este é o momento, de por tudo em jogo, de caluniarem meus sentimentos desde o início, de apostar... De te contar a verdade.

O medo eu carreguei por muito tempo, mas isto se apossou de mim, apagando quem eu era, e este sentimento que você trouxe de novo ao meu coração, me mostrou como eu agi...

Guardar algo que transborda em ti é só o início para uma explosão. E pedaços, restos humanos, fragmentos de memórias, emoções feridas, só te tornam um ser humano que está prestes á explodir.Que joga os cacos dos itens que citei - quando enfim eclode - para todos os lados. E corta quem ou o que estiver perto dele, seja com críticas ou com atos...

Por isso, eu escolhi. Mesmo que chore, mesmo que engula o próprio choro, eu escolhi amar. Atualmente, é você, pois não vou contra minha natureza de poeta, para me cuidar, para me privar de sentir sem me machucar, algo que é tão bom de se viver.

Este presente, dou-te, mas se não o quiseres, ou de todo coração aceitar, mas não conseguir desfrutar com gosto, enfrentarei as etapas de "como esquecer alguém".

Mas este presente, o dono só pode ter, se assim como eu, tiver olhos que peneram a realidade, que compartilham um eixo em comum.É isso que causa o amor, e o que o alimenta? No meu caso, e estar contigo todo os dias. sem ver, me entreguei até chegar aqui, até narrar tudo isto. Mas já encerro. Pois sua paciência, vale mais que minhas vãs filosofias.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amigos são contados em apenas alguns dedos da mão esquerda

Eu ia começar escrevendo sobre alguma coisa melancólica. Ou desenvolver um texto que se refere á alguém, mas não o fiz.

Talvez o complexo da mente dos jovens que ainda não completaram nem a metade da segunda década de vida, seja mais complexa do que o pouco conhecimento prévio que tenho do assunto. Só sei, que muitas das atitudes que este grupo de pessoas tomam, intitula-se do que chamamos de “impulso”.
Impulso de experimentar o errado, talvez, mas filosofar sobre isso agora só me classificaria como mais desses autores de auto-ajuda, que vendem seus folhetins por aí.

Mas eu venho apenas fazer algumas colocações, conselhos só são uteis se os compramos, mas cada um deles tem seu preço. E na maioria dos casos, quando por ventura compramos um desses conselhos, não são a atitude inicial que o protagonista de um caso qualquer queria ter tomado antes.
Mas tentando enfocar o assunto em algo, percebi uma coisa. Não faz muito. Cada um desses – agora usando não explicitamente que me refiro á um grupo de pessoas em específico – precisam ter do que chamo: um pouco de ar.

E o que seria isso? Simplesmente quando chega um ponto que “eles” não agüentam mais as festas, o companheirismo sem compromissos com o próximo, a mente tão limitada dessas pessoas, os anseios tão baixos, as perspectivas tão mínimas...

É aí que entra o ar, ou melhor, a pessoa que é este ar. Quem vai olhar pro seu rosto e lê-lo e dizer “tudo que você queria ouvir”, é quem vai te ouvir, e não contar um a da conversa que tiveram, é quem vai te ligar pra saber se dormiu bem, é quem vai escutar o que tens a dizer, sem maiores represálias, é quem não está sempre com você, mas é quem nunca irá embora. Esse é seu amigo.
Que você, não significa tanto para ele, quanto ele para você. Que este amigo, sente você como uma semente, um bebê, que ele tem de cuidar...

Mas tudo que esse amigo quer que você veja, é que ele não é um bombeiro, que está ali só para apagar incêndio, - e mesmo que não pareça ele não se sente um diário – e que o que ele te proporciona não é gasolina, que você coloca no carro, e roda até ela se esgotar. O que de real ele quer? Que enxergues o mundo, talvez sem ele, e que essa vida, dura pouco, e que como ele, pessoas são difíceis de encontrar, mas destes grupos, tendo companheiros e amigos, escolha o seu, mesmo que haja sempre diversão, uma hora, todo baladeiro, desfruta de seu momento de solidão.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O coração preso na bolha

Há algumas postagens atrás, cujo título é: A morte do poeta, eu digo um pouco do que vou dizer com mais clareza agora. Mas não vou rapitir coisas que já falei.

Não sei se foi o medo, ou se foi algumas coisas que me doeram, "coisas" do coração. Algumas das perdas que tive, doeram mais que um tapa no rosto, isso se contarmos a humilhação que um gesto deste implica. Doeu mais que um tombo, mais que um corte, porque não cicatrizaram, ou melhor cicatrizaram.

Mas de certa forma eu queria que tivessem continuado abertas. Loucara? Talvez, mas ao menos eu sentia. Era dor, saudade, e amor não correspondido. Mas eu sentia, sentia a vontade de demostrar o amor que transbordava em mim, apenas bradando quando era uma oportunidade, a frase "eu te amo". Que atualmente, nunca é dita diretamente por mim.

Eu confesso. Ter me fechado, ter adquirido o hábito de caminhar sem fixar os lados, não é um gesto de frieza, ou de indiferença. Não classifico como medo, mas sim receio.

Prevenir uma dor que talvez eu não precise tê-la, sentimentos alimentados para depois morrerem de fome, me pedindo pão todos os dias, e eu não tenho tal alimento em mãos, o vendo morrer lentamente, consumindo uma parte de mim junto dele, e assistindo-o até perecer em cinzas. E a cada vez que isso morre -ou acontece-, eu aumento o meu receio de sentir...

Talvez eu até ame, mas classifiquei o amor uma "coisa" tão grande, tão cheia de vida, que até posso estar amando, mas como conceituei tão alto, não vejo que estou amando, do mesmo jeito com a indiferença.

Ficou tão fácil depois de tudo, me privar de certas coisas. Mas essa manhã, quando me levantei logo cedo, me olhei no espelho, e apesar dele ter refletido o resto que reflete todos os dias, meu olhar me congelou, com tamanho vazio que se aprofundava meus olhos. Todas as atitudes humanas que eu desprezava, o escárnio a dor, a falta de preocupação com o próximo, a praticidade da sociedade atual, a facilidade de matar as pessoas dentro de mim enquanto elas ainda respiram, me assustou...

Pois eu quero me permitir amar, ser feliz, sorrir, e melhor ainda, ser o motivo desse efeito que enruga os músculos do rosto da face de outra pessoa, deixei "pontos fracos" para trás, pessoas que me lebram sentimentos que eu já senti, e são prazerosamente reconfortantes. Pessoas, aquelas que já me fizeram sorrir, e aquelas que me fizeram chorar, devo me lembrar delas, para que as que vieram, não tenham culpa de o que aquelas que muito já me fizeram chorar, fizeram em meu coração...

Por isso, mesmo que o mundo estiver desmoranando ante minha face, e eu realmente não estiver me importando decorrente a fase que se encontra meu intro, eu devo me lembrar, que se da mesma forma - agora assumindo isso - eu me privo de demostrar o que sinto, sou em quem devo me permitir amar, chorar, rir, me machucar e de todos os problemas da vida, esses são os pequenos intervalos que nos dão força, para continuar de cabeça erguida, pois se entre um dia de felicidade, á uma semanda de espinhos, lembre-se que rosas cortam os dedos de quem não usa luvas, mas são belas, e de sua natureza, é nascer com espinhos...

terça-feira, 29 de junho de 2010

As sombras nunca mentem

Alguma vez já se olhou no espelho, e não viu você, e o cenário por trás de suas costas? Creio que isso nunca tenha acontecido, pois é hipotético demais para ser real.

Da mesma forma como o espelho reproduz a imagem com exatidão de tudo que estiver ante dele, mesmo com dimensões distorcidas, as sombras, são um segundo lado de um objeto ou pessoa.

Nos grandes arranha céus das metrópoles, as sombras caminham pelas ruas estampando em maiores tamanhos – ou menores – o comprimento original de seu dono, dependendo da altura do Sol.

Mas, mesmo que as sobras representem uma imagem duplicada de outra coisa, ela nunca reproduzirá com exatidão o que “copia”.

Assim como as sombras a personalidade, ou o “ser” humano individual em si, são vistos de uma forma que originalmente não são.

Porque assim como o relógio solar, estamos em segundos ou minutos diferentes, no passar dos sessenta minutos que formam a hora. E decorrente a isso, não temos a mesma sombra em todos os momentos do dia, e por isso, uma mesma pessoa pode nos ver de várias formas ou tamanhos, em diferentes horas da vida.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

As consequências não são previstas

Existem coisas que poderiam ser evitadas, e existem outra que não deveriam ter acontecido, mas de qualquer forma, não foram desejadas, ou saíram de forma não esperada.

Isso é quando, a situação foge do nosso controle. Quando acontece os famosos, imprevistos, ou incidentes.

Mas dentro de situações que não cabem totalmente a nós conduzi-las, ainda sim, algumas raras, tem como ser evitadas.

Mas o impulso de alguns seres humanos, de tentar, de ver como vai dar certo, de não irem dormir com a idéia: “como seria se tivesse acontecido”, é onde os maiores erros são cometidos.

Porque concluímos uma situação que não é 100% estável, as vezes, metemos os pés pelas mãos, e neste ponto, quando o “caso” não se restringe só a você, engloba mais alguém ou alguma coisa, é quando estamos sujeitos, aos imprevistos, ou como melhor prefiro definir, as situações que não nos agradam.

Basicamente, é quando lançamos uma pedra – no escuro – e não sabemos em que local ela vai parar, e tentar correr atrás dela depois, existem duas possibilidades, ou você cai logo de inicio, ou algum outro obstáculo vai te fazer cair.

Mas, levando agora em consideração, que esse impulso fosse contido, que você não arriscasse nada, não colocaria nada a perder, que a racionalidade fosse totalmente dona da situação...Certamente, nenhum dos imprevistos, que na maioria das vezes, eles se iniciam de sós, não viessem acontecer.

Mas, acho que se você se identificou com o que eu relatei até aqui, reflita comigo agora. Você não seria, quem você é. Porque os grandes feitos, ou tudo que adquirimos, foram feitos com tentativas, alguns com um percentual favorável ao ganho e outros não, mas ainda sim, não deixa de antes terem sido tentativas, para depois terem virado ganhos.

Somos humanos – mesmo que alguns ainda alguns se comportem como Neanderthais – erramos, e a maioria desses erros, foi tentando achar um acerto.

Mas o “erro” que trato aqui, não é o consciente, e sim um imprevisto, uma situação que não cabe só a nós dar um rumo a ela, então não se sinta confortável com essas palavras, se cometeu um atitude erronia, sabendo pelo menos 10% da conseqüência dela.

Um conforto quando não sabemos com o que estamos lidando, de vez enquando é sempre bom, e espero que este último lembrete, sirva para alguma coisa.

Não se restrinja a tentar, a fazer algo que mesmo que não veja muitas perspectivas além dele, mas não durma pensando em hipóteses que nunca vieram a acontecer, e em realidades que poderiam existir. Tente, viva, se permita sorrir, se permita amar, se permita chorar, e se permite errar.
Eu tomei uma atitude, que hoje confesso que já pensei em como seria se minha grande boca tivesse permanecido calada. Se ainda teria o que eu acho que perdi. Mas vejo, que sempre quando fosse recostar minha cabeça em meu travesseiro, teria pensamentos sobre uma realidade que poderia ter se consolidado.

Por isso, quando lançar uma pedra, desprezando as condições da natureza, a única coisa que você deve se lembrar, é da quantidade de força que se aplica no arremesso, porque dependendo da intensidade, ela não estará longe demais, para você ir buscá-la.

Íntimo, talvez pessoal

Uma pessoa manca está subindo uma escadaria de trezentos degraus. Ela ainda está na primeira dezena desses lances de escada. Ma ela sabe que tem que terminar, já iniciou o percurso, e mesmo sabendo que ainda tem a chance de voltar, ela anseia chegar ao topo.

Durante o percurso, a perna que não é necessariamente boa, começa a dar as pontadas de dor, a testa da pessoa se franzi, passa pela cabeça dela voltar atrás. Ficar na estaca zero, onde estava antes.

Mas a sombra da luz, no fim daquela escadaria começa a aparecer, e ela esquece aquela dor, pensando em outras coisas, seguindo.

Ainda sentindo aquela dor, aquela pessoa aprende a ignorá-la, seguindo o caminho, e depois de certo tempo chegando ao topo.

Eu convivi com uma dor, até chegar a onde eu queria. Eu tive de ignorar que ela existia. Eu tive que continuar andando quando eu sentia minhas dores. Eu tive de direcionar minha cabeça para frente quando eu tive vontade de voltar correndo. Eu tive vontade de te abraçar, quando passei por você, e continuei olhando fixamente para frente.

Mas isso passou, aprendi a ignorar essa “dor”, fingindo que não era nada mais que um imprevisto. Aprendi a não olhar mais para você, aprendi a não tentar conversar, a não correr mais atrás, não só de você, mas de um todo.

E hoje eu olho, não o que poderia ter acontecido – o grande mau do ser humano – olho que o que vem pela frente, eu vou ter de reconstruir, olho que para mim não faz diferença, que em algum lugar, tudo isso é uma mera lembrança.

Meu olhar se perdeu, afogou-se em cinzas. E de certa forma, eu gosto disso. Gosto de como não quero ter perspectivas de não sentir algo por mais alguém. De como tudo, está cada vez mais perdendo o sentido, e minha racionalidade, não está sendo o suficiente para me convencer que valha a pena.

De como a trajetória desse caminho, eu foquei só em uma coisa, e não parei para olhar a paisagem, as flores, ou quem passou por mim. Pois meu enfoque não deixava. De como meu medo de declarar para as pessoas que eu amo, que eu as amo, se apossou de mim.

Este caminho, eu não posso o refazer, para registrar as lindas paisagens que eu não observei, e de conversar com as pessoas que não conversei. Tudo que posso fazer, é começar outro, mas levar comigo, uma máquina fotográfica, que registrará todos os bons momentos, das pessoas que irão passar, dos lugares que conhecerei. Fotos, que na verdade são memórias, mas que eu ainda não as tirei.

domingo, 13 de junho de 2010

O mundo por trás do MURO

Dois homens estão construindo um muro. Um muito alto e um muito baixo. O homem mais baixo já acabou seu serviço e o muro já se ergueu sobre ele, tampando completamente sua visão. Ao contrário o homem mais alto admira com orgulho o outro lado, que antes não era dividido por aquele muro, visualizando tudo através dele. Porém, o mais baixo, nunca conseguirá enxergar sem ajuda, e por não conseguir por suas próprias forças, nem anseia tentar.

Mas colocando em contextos reais, o homem mais alto, além de conseguir enxergar inúmeras coisas que o mais baixo não, sente vontade de ajudá-lo, para que seu amigo consiga ver tudo que ele consegue.

No meu caso, eu enxergo muitas coisas, mas no geral, as pessoas não tem a altura o suficiente para ver o que está do outro lado do muro, o que vai além dessas paredes. E sempre que tento descrever o que está do outro lado, não tenho ouvidos acolhedores. Sempre que sugiro meu ombro para que aquela pessoa possa observar o que tem do outro lado, ela prefere continuar olhando para o amontoado de tijolos.

E por isso, ás vezes tento fazer as coisas ao meu modo. Tento dizer, tudo que vi por trás da parede, mas como ninguém mais viu, meus conselhos são ignorados, como se aquele muro, que divide a visão daquelas pessoas da paisagem fosse mentira.

Normalmente, vejo os erros, que poderiam ter sido evitados, se apenas uma espiada por trás do muro tivesse sido feita, normalmente fico em silêncio quando alguém vai tentar algo que sei que dará errado, pois de certo modo, por trás do muro, eu enxerguei uma solução que aquela pessoa não, normalmente fico só no alto, olhando para baixo, observando a visão limitada dos demais.

Mas às vezes, como todo reles mortal, eu cometo o mesmo erro. Compartilho com os outros, o que vi por de trás do muro, mas ninguém entende, ninguém nunca viu o que eu vi. Dão de ombros, simplesmente ignoram.

Sigo os passos, faço como vi, e como julgo certo. Mas no final, isso é verdadeiramente egoísmo.

Mas é egoísmo querer ajudar quem você ama? É egoísmo, evitar que algo ruim aconteça com quem você estima muito? É egoísmo encontrar uma solução onde ninguém viu uma? É egoísmo querer o melhor para quem está fazendo o errado, e aconselhar varias vezes, mesmo que as palavras caminhem pelos ouvidos? É egoísmo tomar as dores de quem você gosta, conhecendo a causa e se posicionando á favor?

Então sim, eu ERA egoísta.

Eu tentava ajudar, quem não conseguia sair de seus problemas sozinho, eu tentava ajudar, quem estava errando, e eu via a solução. E a maioria dos meus erros, foram feitos, porque eu só quis ajudar.

Mas hoje, vejo que sendo o homem alto, ninguém destes baixinhos enxergará o que eu vejo. Ninguém destes baixinhos vai querer uma escada para compartilhar comigo as lindas paisagens que eu vejo, ninguém destes baixinhos irá crescer para ter a dimensão do que é o mundo lá fora.

Por isso, a minha boca sepultei, para muitos morri, ou eu mesma os matei. Mas não saquei uma arma para ninguém, não finalizei as batidas do coração de pessoa alguma. Apenas deletei alguns seres humanos no banco de dados da minha memória, como se eles nunca tivessem existido. Mas em algumas horas, o fantasma de seus corpos cheios de vida e seguindo em frente com a rotina, me assola.

O que aprendia foi a ignorar o que me incomoda, a calar-me quando minha língua coça ansiando opinar em algo, a ler um livro sozinho no alto do muro, a ter um olhar sereno enquanto tudo desaba a minhas volta, a não tentar mais enxergar uma pessoa boa em quem realmente não é, a deixar os outros com seus problemas, pois nem dou conta nem dos meus, a deixar as pessoas se queimarem com seus erros sem colocar minha mão no fogo e sair com uma cicatriz que não era para ser minha, a tentar fazer tudo que pode para esquecer de quem você pode estar virando...

Mas tudo isso, leva tempo. E quando penso que vou enlouquecer, por estar sozinho lá no alto... De repente, começo a ver algumas nuvens. Alguns borrões pretos estão bem logo abaixo. E neste momento, é quando percebo que já estou alto demais para querer equiparar os outros a mim. Percebo que não vou querer diminuir para viver naquele mundo distante logo abaixo, e que estou alto demais para algum dia voltar, e os outros baixos demais, num julgamento preconceituoso e subestimável, para algum dia me alacançar.

A morte do poeta

Darwin pregava a teoria da seleção natural, que os mais adaptados e fortes ao ambiente sobreviveriam. Hoje em dia, existe uma seleção parecida, ( que não é o darwinismo social) , entre as pessoas. No mundo atual em que vivemos, todos nós, somos diferentes, ( porque mais uma vez, ninguém é igual), mas "eu", que vos relata, sou um eterno poeta, e pessoas assim como eu, não conseguem viver neste mundo de gigantes monstros, torneados de indiferença humana, e de faces multifacetárias.
Os acontecimentos frios, e calculáveis do intro psicológico mais imundo que existe, nos ofega, o escárnio a dor, mesmo que seu possuinte tenha a cruz pequena, é ilógico.

Mas chega um ponto, que a cabeça dá um nó, a frase "eu não aguento mais" corta a garganta de tanto ser repetida.

E um belo dia, depois de momentos de choro, e sucessivos soluços, vai-se esquecendo certas coisas, a questão do cumprimento cordial é esquecida, lamurias ficam intoleráveis, a um ouvido que antes amava ajudar.
Acorda, fita a nada, e pega o sapato ( que não será o primeiro nem o último) entra na caminhada junto com muitos outros, e quando perceber, está numa fila, sendo agora, o que mais abomina.

Cansaço

Cansaço. Para muitos pode ser algo que chega ao extremo físico ou mental. Ou pode ser simplesmente o inicio do seu limite.

Depois de muitos acontecimentos, que serviram para que eu escrevesse esse texto, e espero que para você que está lendo agora faça alguma diferença, foi que surgiu a idéia de compartilhar com você certas experiências.

No primeiro ato de um problema, pensamos que vamos enlouquecer, ele pode até ainda não ter começado a desmoronar em nossas cabeças, mas já achamos que não vamos conseguir, ou que vai ser difícil, ou em alguns casos o desespero já toma conta.

Mas, você só vai saber até onde esse problema, ou situação inóspita vai dar, quando ele chega ao fim, ou quando seu limite a essa situação chega. É quando o cansaço aparece.

Especificamente, meu cansaço, pode ser um pouco diferente do seu.

Cansei-me, de tentar interagir com as pessoas, a automaticamente ser algo que eu não quero, cansei-me de ter uma concepção de uma pessoa e logo depois escutar conversas alheias sobre o caráter desta e confundir minhas concepções sobre a mesma, cansei-me de não ser escutada devido a pouca idade, cansei-me de tentar ajudar as pessoas por erros que poderiam ser evitáveis, cansei-me de ficar na aula, em meu lugar enquanto todo mundo parece estar feliz vivendo o que se diz ser a adolescência, e por algum motivo, não participo, enxergando todos como um simples borrão preto – todos meramente iguais – cansei-me de desperdiçar demonstrações de afetos com os outros e me machucar em seguida, cansei-me também da indiferença como vejo tudo, e no final quando vejo, cansei-me de mim mesmo.

Esses problemas, podem até não ser iguais aos seus, mas você que está lendo isso agora tem uma coisa em comum comigo.

Não está mais suportando. Não suporta mais como as pessoas te olham, não suporta mais tentar saber o que as pessoas pensam de você, não suporta mais sofrer pelas mesmas coisas, nãos suporta mais ver tudo e não fazer nada, não suporta como ao seu redor só existem pessoas com máscaras e se vê sujeito a ter que também usar uma, não suporta mais as pessoas não ligarem para se sofrimento, não suporta mais, seu limite, junto com o cansaço, parece ter batido á sua porta...

E o pior, conselhos, opiniões, ou ofensas, não vão te ajudar a sair deles, o caminho, a solução para isso, é você sozinho numa estrada que nunca esteve, tendo que tentar várias direções, errando, até achar a que chega em seus objetivos...

Você se vê na maioria das vezes, o otária de todas as situações. É você quem vê, a falsidade nas pessoas e tenta avisar alguém do perigo, e acaba ganhando um ódio que não precisava ser seu, é você quem tem respeito pelo namorado da amiga, mas logo em seguida vê uma das de seu grupo, fazendo o contrario, é você.

De longe, não estou dizendo que o PROBLEMA está em você. O que há de errada então?

De como e com quem você os encara.

Vai doer muito, até você perceber, que nem todo mundo te ama, e quem disse um dia te amar, pode ser aquela pessoa que vai apunhalar você, vai doer muito quando você descobrir que certas coisas eram meros sonhos, tudo pautado em uma mentira, e vai doer muito quando descobrir isso enquanto está sozinho...

Então, caro amigo, como disse no inicio, escrevi isso para o melhor das intenções fazer com quem lê agora, mesmo que não faça algum sentido, pois não sou senhor do tempo para nada prever, nem um caluniador para alguma coisa insinuar.

O que quero, apenas te ajudar. Porque por este caminho que eu mencionei, por ele um dia passei, e te vendo no meio dele, quero te ajudar, pois sei uma saída. Mas não sei seus espinhos, nem os perigos, só sei que por este local, eu vi uma fresta da luz.

Uma dica? Tente pensar de acordo com a sua idade, pois ela eu nem faço idéia. Se errar foi por inocência de um ser jovem, e se acertar foi por ter uma cabeça madura, por isso não se cobre, e nem tente apressar as coisas. Porque sobre o tempo, eu tenho outras convicções e sobre ele, já é uma outra historia.

Apresentação

Existem inúmeras formas de se expressar o que se sente, abraçar quem você ama, dar um presente a alguém em uma data comemorativa... E a minha forma de expressar, tudo que transborda no meu intro, é escrever.
Pois se não compartilhamos o que pode ser bom, aquilo fica restrito, e menos uma coisa boa no mundo deixa de ser feita.
As palavras ditas, o vento não as pode apagar, as escretias, posso acomodá-las como quero, para que fique suave aos ouvidos enquanto você lê...
E então, hoje decidi, qua não aidanta eu ter convicções, qua se limitam só a mim, eu quero dividi-las contigo.