sábado, 18 de setembro de 2010

Pedaço de uma história...

[...] A vergonha daquela noite já nos havia tomado por completo. Tomamos rumos distintos, ficando em lados diferentes, mesmo estando no mesmo quarto. Não havia passada nem cinco minutos que me deitara, e já soava comoo horas.

A noite não era quente, mas meu corpo inteiro transpirava mimnha agonia. Como aquilo tudo resultou em uma vergonha misturada com confusão e desencontros, nós sabiámos que nos amavamos, e ainda sim, nada?

Meu peito arfou, fitei o teto por um último instante - já nao aguentava mais olhar para ele - não pausei nem para sentar, minha decisão de ir até sua cama e levatá-la, e sabe-se Deus o que mais minha determinação faria foram mais fortes. Pus-me em pé, apenas dando um pausa de ligeiros segundos para vê-la encubada nas cobertas.

Mas não rumei nem dois passos parta frente. O emaranhado de leçol e virol, e mais cobertas que cairam no chão com meu impulso, formaram um ninho que meus pés encaixaram nele, e me fez tropeçar. Um passo para frente, e depois a queda com a perna direita semi aberta, doeu, mas não quebrou.

Ela acordou e se pos de pé em um estalo, visualizou-me no chão, e abaixou-se junto a mim.

-O que aconteceu? Você caiu? Teve algum machucado? -disse ela meiga como sempre, encarando seu olhar nos meus, a lua lá fora estava acinzentada, e deixou seus olhos verdes esmeralda nítidos, e o fogo de seus cabelos avermelhados a mostra.

-Não hove nada - disse com vergonha - acho que foi um freio do acaso para eu não cometer nenhuma besteira. Eu já te importunei muito por uma noite. Acho que você dormiria melhor se eu nao estivesse no mesmo espaço que você. Vou até a Senhora Megan, e invento que me machiquei - o que mesmo com a queda não aconteceu - e só volto quando você estiver no decimo sono - disse me pondo de pé, rumando a porta. Eu prometo.

As lágrimas já se criavam em meus olhos. Apertei os dedos das mãos contra a palma. Mordi o lábio inferior, andando até a porta.

Estiquei o braço para abrir a maçaneta, não ia olhar para trás, ela não podia ver chorar.

Senti um abraço sendo apunhalado atrás de mim, e a porta foi fechada com força, sem antes nem ter sido totalmente aberta. Ela apertou meus braços contra meu corpo. Virou-me de costas para a porta, e seu rosto se aproximou do meu.

Minha respiração logo se modificou, e ovia as batidas de meu corão, e as do dela também, o som se camuflou no ar.

Com força forcei a ponta dos dedos para a face da porta, eu não tinha para onde fugir.

A legenda do momento ficou em nossos gestos, e não precisava de estar assistindo á aquilo para saber aonde iria dar.

Ela se esticou na ponta dos dedos, e fechou vagarosamente os olhos. Sua respiração se encontrou com o sentido de minha boca. Meu nariz tocou o dela.

Seus lábios grudaram nos meus, e então fechei os olhos. Ela abriu os dela, me convidando a fazer o mesmo. Depois, puxou minha língua para sua, e o beijo foi perdendo seu pudor.

Desvencilhei os braços da porta, agarrando sua cintura - levemente, assustá-la agora era o que eu menos queria - caminhando com certa dificuldade para o mei do quarto.

Acariciei suas costas, e ela me permitiu passeas com as mãos por uma parte humilde por dentro de sua blusa, e eu não ousei burlar limites.

O doce do sabor deu seu beijo, aquele sabor que eu tanto sonhei experimentar. Que já havia até sentido em meus loucos sonhos. Me esbajava nele.

Não iria trocar os movimentos de minha língua por palavras que já estava sendo expressas naquele momento.

Foi tudo tão rápido. Não foi mágico como havia pensado, nem belo quanto cogitei. Mas as circuntancias não eram importantes.

Ela era minha, e quanto a isso, eu tinha certeza.

3 comentários:

  1. Adorei... Voc me fez entrar na história, e como já havia conversado com uma garota inteligente ali, as melhores escritoras, são as que nos fazem entrar na história e sentir o momento. Parabéns (:

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  2. . voc devia continuar o book. eu tava gostando '-'
    amei o post ♥

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